segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ensine seu filho a comer bem

Quem nunca ouviu a frase “olha como ele é lindo, gordinho, fofinho.”, realmente é cultural, todo mundo acha lindo um bebê gordinho. Mas atenção! O orgulho da família hoje pode tornar-se o obeso de amanhã.
 
A criança que aprende a comer bem até atingir cinco anos, diminui fortemente o risco de se tornar um adulto compulsivo por guloseimas.

Muitos dos erros alimentares encontrados na infância vêm sendo passados de pais para filho e como ensinar a comer se o professor ainda não aprendeu a lição.

Ensinar seu filho a comer é a maior prova de amor que você pode dar, isso irá trazer mais saúde e evitar o aparecimento de doenças a pessoa que você mais ama no mundo.

A primeira lição é o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, não precisa chá, água ou suco. Esta fase é determinante, muitos bebês que não mamam acabam desenvolvendo obesidade pela inadequação da alimentação, muitas vezes com leite inapropriado para a idade, com acréscimo de açúcar ou cereais.
Depois dos seis meses de vida chega a hora da alimentação complementar, e também nesta hora a mãe deve ter o cuidado para promover bons hábitos.
Incentive seu filho a se alimentar corretamente. Se você tiver o hábito de comer legumes, verduras e frutas, ele provavelmente seguirá seu exemplo.
Ofereça frutas na sobremesa. 
Crianças devem fazer cerca de cinco refeições por dia, com intervalos de duas a três horas entre elas. Respeite os horários.

 


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os perigos do consumo regular do leite

Pesquisa reafirma que consumo de leite é responsável pelo surgimento ou agravamento de grande parte das doenças crônicas ocidentais

O consumo de leite é visto há gerações como um fator importante na manutenção de uma saúde equilibrada. Contudo, uma pesquisa publicada em 2009 na revista científica Medical Hypotheses, promete mudar esse conceito. Nela, a ingestão regular da bebida é associada a uma série de problemas que variam de diabetes a doenças neurodegenerativas. O principal responsável por esses malefícios é o aumento da produção de dois hormônios: a insulina e o hormônio do crescimento GH em sua forma atuante, o IGF-1.  A liberação dessas duas substâncias no sangue beneficiam a resistência à insulina, o que está intimamente relacionado ao surgimento de doenças crônicas como excesso de peso, hipertensão, doenças cardiovasculares e ainda câncer.

Mas não é só isso, de acordo com o estudo, a ingestão do leite também está relacionada ao surgimento de câncer e ao nascimento de bebês acima do tamanho e peso normal, mais propensos ao diabetes e ao desenvolvimento da obesidade. O aumento da estatura da população em geral por conta do consumo de leite e derivados também é um dos temas do estudo, que ainda aponta para o fato de que o hormônio IGF-1 é capaz de atravessar as barreiras de contenção do sangue e penetrar no cérebro, causando danos muitas vezes irreparáveis.


Isso acontece porque o leite contém agentes estimulantes de crescimento e proliferação de células de uma maneira geral, podendo ser, essas células, malignas. É o que acontece na relação consumo de leite e o câncer. Na pesquisa, o aumento da concentração do hormônio IGF-1 no organismo, responsável por estimular o crescimento e a diferenciação celular associados ao surgimento de tumores, está relacionado ao consumo de leite industrializado. A bebida aumenta ainda os níveis de estrogênio, outro fator de risco para as mulheres, que ficam mais propensas ao câncer de mama. O estudo com mulheres norueguesas revelou que as que ingeriam mais de 750ml de leite integral por dia tinham 2,91% mais chance de desenvolver câncer de mama do que as que consumiam menos de 750ml. 


O estudo indica ainda que o alto consumo de leite pode ser uma das causas para a síndrome do ovário policístico, que atinge uma em cada dez mulheres e pode ter como consequências desde problemas simples como oleosidade na pele e acne, até mesmo sangramentos irregulares e dificuldade para engravidar. Já a relação entre o consumo de leite e as doenças cardíacas é estudada há cerca de vinte cinco anos e aponta um aumento proporcional entre o número de mortes por esse tipo de doença e a ingestão de laticínios. Quanto às doenças neurodegenerativas, a ação maléfica do IGF-1 se dá intensificando o processo de acumulo de proteínas no celebro. O aglomerado protéico é determinante no surgimento e evolução de doenças como Alzheimer e Parkinson.      


No entanto, não há motivo para pânico ou para adotar dieta radical sem leite e derivados. Os malefícios relatados estão associados principalmente ao consumo continuo de tais produtos. Nenhum destes efeitos é significante se o laticínio for  parte integrante de uma dieta saudável e não como alimento principal. A prevenção pode ser iniciada em qualquer etapa da vida, seja para prevenir o surgimento de problemas ou evitar a progressão de alguma doença, e mudanças de hábitos sempre são bem-vindas. A melhor dica é substituir produtos feitos com leite animal por leite de arroz ou de soja mesmo na preparação de alimentos. Sucos e purês de fruta são também são boas alternativas.

Leite e gravidez


A ação da alta dose de insulina no corpo também é percebida no desenvolvimento do bebê desde as primeiras etapas de gestação. A macrossomia fetal, ou bebes maiores e mais pesados que o normal, é uma das conseqüências mais comum. Bastante prejudicial, o mal aumenta as chances da criança desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida. Dietas ricas em laticínios durante a gestação aumentam também o risco para a mãe, que pode desenvolver resistência à insulina. Hoje, o diabetes gestacional atinge cerca de 4% das futuras mães.


Os danos ao bebê podem começar ainda na vida uterina, pois altas doses de IGF-1 nas primeiras etapas de gravidez alteram a capacidade do sistema imunológico de combater células cancerígenas no decorrer de toda vida, aumentando significantemente a chance das meninas desenvolverem câncer de mama na vida adulta.


Leite na infância


Além disso, o estudo revela que o crescente aumento na estatura e no peso da população dos países industrializados pode estar relacionado ao consumo de leite por um período de vida cada vez mais longo, chegando às vezes à vida adulta. Na pesquisa, crianças da Mongólia, pouco acostumadas ao consumo de laticínios, que tomaram 720ml da bebida por dia, tiveram um crescimento linear de aproximadamente 12 centímetros por ano, bastante acima da média. Já nos Estados Unidos, a altura média de meninas que consomem até um copo de leite por dia é de 1,50m, enquanto entre as que tomam mais de um copo, a média é de 1,52m.


E não só a altura, mas também o peso sofre influência, pois além dos hormônios do crescimento, os laticínios e leites aumentam a produção de insulina do organismo. Assim, a quantidade extra de glicose não é metabolizada e se transforma em tecido adiposo mais facilmente, aumentando o risco de obesidade. Contudo, esses não são os únicos efeitos sobre os jovens. Foi revelado ainda, que crianças com esse hábito correm um risco maior de entrar na puberdade precocemente. O GH-1 aumenta os níveis de deidroepiandrosterona, o que normalmente acontece aproximadamente dois anos antes do inicio da puberdade, acelerando o processo.


Fonte: www patriciadavidson.com.br

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Doce saudável para a criançada

Smoothie de manga

Descasque uma manga (palmer) e pique. Ponha no liquidificador com suco de meio limão e meio copo de água – para ficar bem grossinho, mesmo. Bata com uma colher (sopa) de geleia (St. Dalfour) de morango ou framboesa. Ponha em um refratário e deixe no congelador até servir.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ANVISA tem novo regulamento para a propaganda de guloseimas

Doces, salgadinhos, sucos instantâneos e refrigerantes terão de se declarar “culpados ". Essas guloseimas, adoradas pela maioria das crianças, fazem parte de uma nova regulamentação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que prevê mudanças nas campanhas publicitárias de produtos alimentícios. As empresas que produzem comidas com baixo teor nutricional, quantidades elevadas de açúcar, sódio, gordura trans e saturada deverão alertar os consumidores quanto a os riscos d e ingerir esses produtos em excesso .

As empresas terão 180 dias para se adequar às novas regras da ANVISA. Após esse período fica proibido o uso de símbolos, figuras ou desenhos que possam causar uma interpretação ambígua quanto à qualidade e a composição dos alimentos. E nada de letras miúdas. O alerta deve ter um local de destaque n o comercial (tanto em TV, cinema ou impresso). Na resolução, consta também que quando a propaganda tiver alguém (ou algum personagem em animação, por exemplo) falando diretamente para o espectador, ele será o responsável por passar o recado. Se não o alerta aparecerá no fim do comercial.

A ANVISA acredita que a nova regra garantirá a liberdade de escolha e incentivará a alimentação saudável. Mas a resolução não oferece qualquer tipo de proteção especial ao público infantil. Isso causou discórdia entre entidades que lutam por políticas públicas de proteção à criança. O Instituto Alana, por exemplo, acredita que a medida é insuficiente. De acordo com a ONG, essa regulamentação não contempla os artigos que foram discutidos e aprovados ao longo do processo que teve início em 2006.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Torta de cenoura com tofu

Para mandar na lancheira:

Torta de cenoura com Tofu

INGREDIENTES

1 xícara (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo integral
1/2 xícara (chá) de farinha de glúten
1 colher (sobremesa) de semente de linhaça
1/2 colher (sobremesa) de sal
1 colher (sobremesa) de fermento químico
12 colheres (sopa) de leite de soja ou água

RECHEIO

1 colher (sopa) de óleo de milho
1/2 xícara (chá) de salsa fresca picada
1/2 xícara (chá) de cebolinha verde picada
3 xícaras (chá) de cenoura ralada
1 colher (sobremesa) de sal
1 xícara (chá) de tofu
1/3 xícara (chá) de água

MODO DE PREPARO
Em uma panela, aqueça o óleo, adicione a salsa, a cebolinha, a cenoura e o sal. Mexa, tampe e aguarde a cenoura ficar macia. Bata o tofu no liquidificador com o leite de soja) ou com a água. Adicione o tofu à panela e mexa bem. Misture os ingredientes da massa em uma tigela, abra com um rolo e coloque em um pirex untado. Despeje o recheio sobre a massa e leve a torta ao forno preaquecido em temperatura média. Deixe assar por 30 minutos ou até dourar as laterais.

Fonte: Carolina Nizer, nutricionista do Lapinha Clínica e Spa (PR)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vitamina D para as crianças

O alerta é da Academia Americana de Pediatria: 40% das crianças têm déficit dessa vitamina, encontrada em ovos, por exemplo, que ajuda a melhorar a imunidade do organismo e a prevenir o raquitismo (causa deformidade nos ossos). Uma parte da vitamina é produzida quando nos expomos ao sol (o ideal são duas horas por semana), mas hoje as crianças ficam mais dentro de casa. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda dar, a partir da 3ª semana, uma solução de vitamina D em gotas todos os dias até o fim do primeiro ano.

domingo, 30 de maio de 2010

Leite Materno, o melhor do mundo!

Por Dra. Andreia Torres

O leite materno é tão superior ao leite de vaca e às fórmulas infantis? Sim. De acordo com um novo estudo,  o leite materno induz caminhos genéticos diferentes dos induzidos por outros tipos de leite. Apesar das empresas tentarem desenvolver fórmulas que se assemelham à composição do leite materno, milhares de genes foram expressados de forma diferentes em crianças amamentadas e crianças amamentadas com fórmulas (também chamados de leites maternizados). Apesar de os bebês crescerem e ganharem peso similarmente nos dois grupos, o leite materno contém muitos compostos imuno-protetores, o que diminui o risco de vários tipos de doenças em crianças. O trato digestório de crianças amamentadas também é diferente das não amamentadas, sugerindo que compostos bioativos do leite materno são responsáveis pelos benefícios. No estudo, as fezes de bebês com idades de 1, 2 e 3 meses foram coletadas. A partir deste material os cientistas conseguiram isolar células com material genético de ótima qualidade. As células intestinais dos bebês passam por muitas adaptações. Os bebês vieram de um ambiente estéril (a placenta) mas rapidamente seu trato digestório é colonizado por bactérias. É muito importante que o organismo e os intestinos aprendam o que é bom e o que é ruim (bactérias patogênicas, vírus, proteínas heterólogas). Se algo dá errado nesta fase o bebê pode desenvolver alergias alimentares, doenças inflamatórias intestinais e até asma. 
O estudo aparecerá na edição de junho de 2010 do American Journal of Physiology, Gastrointestinal and Liver Physiology. Autores: Robert S. Chapkin, Chen Zhao, Ivan Ivanov, Laurie A. Davidson, Jennifer S. Goldsby, Joanne R. Lupton, e Edward R. Dougherty
 
 

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Maioria dos pais oferece alimentos industrializados à criança antes dos três meses de idade

Uma criança comendo doce ou bebendo coca-cola, o que é isso gente? Eu fico chocada!
As mães que amam tanto seus filhos, porque não começar oferecendo uma alimentação saudável, prevenindo a obesidade e futuras doenças?

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que 67% dos pais oferecem alimentos industrializados à criança antes dos três meses de idade.
O levantamento foi feito com 270 pais de crianças que frequentam berçários de creches públicas e filantrópicas da cidade de São Paulo. A maioria dos entrevistados era jovem, com baixa escolaridade e menor poder aquisitivo.
31% dos pais afirmaram ter oferecido açúcar ao filho com até três meses de vida
Até os seis meses de idade, a recomendação é que alimentação da criança seja baseada exclusivamente no aleitamento.

Para a autora do trabalho, a nutricionista Maysa Helena de Aguiar Toloni, a conclusão é preocupante, já que os alimentos industrializados possuem mais açúcar e gordura. Cerca de 10% das crianças e 20% dos adolescentes têm excesso de peso no país. Além disso, os jovens têm sido vítimas de problemas como hipertensão e colesterol alto cada vez mais cedo.

Açúcar, chá e mel

Ao contrário do que muita gente pensa, a nutricionista explica que a criança já nasce com preferência pelo sabor adocicado. Porém, o Ministério da Saúde recomenda que a adição de açúcar deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida. Antes dessa fase, isso só aumenta a incidência de cáries e o valor calórico da dieta, sem contribuir com conteúdo nutricional.

A pesquisa mostra que, até os três meses de vida, 31% dos pais afirmaram ter oferecido açúcar ao filho. Quase metade, ou 49%, dão chá para a criança. E 18% oferecem mel. "As pessoas acham que o mel é um alimento natural, mas ele é contraindicado antes do primeiro ano de vida porque, nessa fase, a flora intestinal ainda não está formada e há risco de intoxicações causadas pelo bacilo Clostridium botulinum", explica.

Outro dado que chama a atenção é a idade com que as crianças começam a conhecer os refrigerantes: entre o primeiro e o sexto mês de vida, 12% delas já experimentaram. Até os noves meses, esse índice sobe para quase 20% e mais da metade (56,5%) já teve a bebida incluída no cardápio até o primeiro ano de vida.

A pesquisadora alerta que a presença de corantes e aditivos nos alimentos industrializados também pode aumentar a predisposição da criança a desenvolver alergias alimentares.

Motivos

Embora o foco do estudo não tenha sido os motivos que levam à introdução precoce dos alimentos industrializados, a nutricionista pondera que a falta de informação justifica os resultados. "Muitos dos pais que participaram da pesquisa não fizeram o pré-Natal, por isso não foram orientados adequadamente", comenta a pesquisadora.

Mas o aspecto sócio-econômico nem sempre é determinante: "há estudos que indicam que nas classes altas o resultado é parecido".

Na maior parte das vezes, ela observa, a dieta do bebê reflete o estilo de vida da própria família. "É comum a criança querer aquilo que os pais ou o irmão mais velho está consumindo", diz. Outro fator é a falta de tempo para preparar refeições mais nutritivas, com vegetais frescos, por exemplo. Além disso, ela também menciona a influência da publicidade de alimentos na tendência a oferecer alimentos industrializados, como macarrão instantâneo e sucos artificiais, para crianças muito pequenas.

Consumo de FAST FOOD está relacionado com maus resultados escolares

Estudo da Universidade de Vanderbilt

A ingestão de comida pronta, como hambúrgueres e batatas fritas, mais de três vezes por semana foi relacionada com maus resultados em testes escolares realizados com crianças que frequentam o ensino básico. O estudo foi divulgado na edição electrónica do jornal “Daily Telegraph” de 22/05.
Investigadores da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, analisaram 5,5 mil crianças, com uma média etária de 11 anos, que frequentavam o ensino básico. Foi verificado que as crianças que consumiam comida rápida mais de três vezes por semana apresentavam, em testes de leitura e matemática, pontuações cerca de 16% piores do que as que não faziam aquele tipo de alimentação. Este resultado verificava-se independentemente de factores como os rendimentos dos pais, a raça e o peso.
Em declarações ao mesmo jornal, Kerri Tobin, líder da equipa de investigadores, refere ser possível que este tipo de comida, servida em restaurantes de fast food, cause dificuldades cognitivas que se traduzem em piores resultados nos testes. Contudo, adverte o cientista, serão necessários mais estudos que confirmem esta co-relação.
Com o número de crianças e jovens obesos a crescer, muitos países têm vindo a implementar regras para combater esta verdadeira epidemia. No Reino Unido, por exemplo, uma directiva governamental proíbe a saída dos alunos na hora de almoço, de modo a impedi-los de comer fast-food; paralelamente, também foram criados menus escolares mais variados e saudáveis.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Alergia Alimentar

Novamente, o assunto é a alergia alimentar A incidência de alergia em bebês e crianças é muito comum, a prevenção é o caminho sempre: Ofereça uma alimentação saudável, equilibrada e adequada de acordo com a idade do seu filho.
Gostaria de salientar que o incentivo ao aleitamento materno prolongado, sobretudo em crianças com tendências a desenvolverem alergia alimentar, consiste em arma mais importante na sua prevenção.

Por Dra. Jocelem Mastrodi Salgado
A alergia é a intolerância do organismo para certos agentes físicos, químicos ou biológicos, aos quais ele reage de forma exagerada. O que acontece é que as células do sistema imunológico as vezes confundem uma substância alimentar com invasores perigosos. Nesses casos, o organismo pode desencadear reações alérgicas que vão de simples coceiras até problemas respiratórios graves.
O que é interessante, é que os maiores causadores de alergia, não são alimentos exóticos como certas aves como faisão, perdiz, frutas como tâmaras, damasco, etc... mas sim, aqueles que estão presentes à nossa mesa todos os dias como ovos, leite e derivados, trigo, soja, etc.
Sabe-se hoje, que quanto mais rico em proteína for o alimento, maiores serão as chances de desenvolver o processo alérgico. Isto ocorre porque as vezes algumas moléculas de proteína não são digeridas (quebradas em moléculas menores) e entram inteiras na corrente sangüínea. O resultado disso é que as células do sistema imunológico confundem essas moléculas com corpos estranhos como vírus e bactérias, e acabam atacando-as. Esse confronto, desencadeia as reações alérgicas.
Geralmente, as reações alérgicas são herdadas, podem ser transmitidas de pais para filhos e qualquer pessoa que apresentar uma certa tendência à alergia específica a um determinado alimento, pode ser sensível também a outros tipos de alimentos.
A incidência de alergia alimentar em bebês e crianças é de 0,3-20%; em adultos de 1-3%. Podem ocorrer reações imediatas (um minuto a duas horas após a ingestão do alimento) ou retardadas.
Veja agora como reage o sistema imunológico, quando uma criança alérgica ingere certos alimentos:
Herança genética: A criança ingere determinado alimento repetidas vezes, em conseqüência dos vários contatos com aquele alimento, algumas células de defesa do organismo se sensibilizam.
A criança, já alérgica, ingere novamente o alimento: As células de defesa sensibilizadas reagem às moléculas "estranhas" do alimento e liberam substâncias químicas, destacando-se a histamina. A histamina dilata os vasos sangüíneos e provoca sintomas que aparecem até duas horas depois da ingestão do alimento.
A alergia ao leite de vaca
O leite de vaca é o alérgeno simples mais comuns para bebês. Sugere-se que a alergia ao leite de vaca afete de 3 a 5% dos bebês alimentados com esse leite. Em estudos das reações ao leite de vaca em 3 grupos de bebês, os sintomas ocorreram em 53% dos bebês e se caracterizaram por palidez, vômitos e diarréia de 45 minutos a 20 horas após a ingestão do alimento. Vinte e sete por cento dos bebês apresentaram predominantemente sintomas angiodematosos ( problemas na pele) e de urticária em 5 minutos de ingestão de leite e tiveram testes cutâneos positivos e níveis elevados de anticorpos totais e Imunoglobulina-E leite-específico. Vinte por cento apresentaram sintomas como eczemas, bronquite e diarréia, a maioria dos quais desenvolveu-se mais de 20 horas após o início da ingestão. Estes bebês foram os mais difíceis de identificar clinicamente e possuíam história de doenças crônicas e crescimento deficiente.
PRINCIPAIS SINTOMAS DA ALERGIA ALIMENTAR Os sintomas mais frequentes (70%) da alergia alimentar são gastrointestinais: diarréia, náusea, vômitos, espasmos, distensão abdominal e dor; 24% dos sintomas são reações dérmicas; 4% respiratórias; e 2% envolvem outros sistemas.
Manifestações alérgicas - Características
  • Urticárias - Placas avermelhadas e inchadas pelo corpo que provocam intensa coceira.
  • Rinite alérgica - Coceiras no nariz, espirros sucessivos, coriza e congestionamento da mucosa nasal, dificultando a respiração.
  • Asma Brônquica - Tosse, chiado no peito e dificuldade de respirar provocada pela contração dos brônquios.
  • Distúrbio no Aparelho Digestivo - Esses sintomas podem ocorrer (náusea, cólica, vômito, e diarréia) separadamente ou nessa sequência.
  • Edemas - Inchaço e vermelhidão nas mucosas, como lábios, pálpebras e orelhas.
  • Edema de Glote - Inchaço na cavidade interna (mucosa) da garganta, provocando dificuldade respiratória
  • Choque Anafilático - Reações generalizadas e agudas (desenvolvem-se em poucos minutos), começam com coceira nas mãos, gosto de metal na boca, tosse, coceira no corpo, desmaio e possível parada cardiorespiratória
Recomendações para alimentação de bebês
O leite materno é a alimentação preferencial para todos os bebês. Quando a utilização do leite materno não for possível, deve-se utilizar como alternativas a proteína de soja ou uma fórmula como o hidrolisado de proteína do leite de vaca. Quinze a 50% dos bebês alérgicos ao leite de vaca podem desenvolver alergia à soja. Recomenda-se a utilização da fórmula com hidrolisado de proteína ao invés de proteína de soja quando os bebês apresentam sintomas clínicos de alergia, a fim de reduzir a probabilidade de uma sensibilização à proteína de soja.
Não recomenda-se a utilização do leite de cabra como alternativa, devido à reação cruzada com a lactoglobulina presente no leite de vaca. Além disso, o leite de cabra é deficiente em vários nutrientes e provoca alta concentração de solutos nos rins.
Embora incomum, a sensibilidade ao leite materno tem sido relatada. Os alérgenos presentes na dieta materna, tais como o leite de vaca e ovos, podem passar para o leite mamário e causar reações alérgicas no bebê. Os alimentos da dieta materna, tais como bebidas cafeinadas, alguns chás de ervas, repolho, cebola, alho, nabo, rabanete, espinafre e condimentos, podem estar associados a reações alérgicas no bebê. A abstenção dos alimentos-problemas na dieta da mãe deve aliviar os sintomas de seu bebê.
Dieta e prevenção da doença alérgica
Ainda existe controvérsia sobre o papel da alimentação inicial do bebê no desenvolvimento da alergia alimentar; porém, o aleitamento com abstenção materna de alérgenos pode adiar o seu desenvolvimento em bebês de alto risco. A exposição reduzida a alimentos alergênicos, durante a primeira infância, tem sido associada a uma prevalência menor de alergia alimentar no primeiro ano de vida, porém, sem diferença na prevalência de outras condições alérgicas aos 2 anos de idade.
Devido ao fato de que a alimentação inicial ideal para bebês com alto risco de desenvolver alergia seja ainda desconhecida, somente podem ser fornecidas recomendações cientificamente comprovadas. É recomendado o aleitamento exclusivo com suplemento de hidrolisado de proteína (caso necessário) para os primeiros 6 meses e abstenção de alimentos altamente alergênicos, tais como leite, ovos, amendoim, e peixe para os primeiros 2 a 3 anos de idade, em crianças de alto risco para alergia.
Os alergênicos mais comuns estão listados abaixo:
  • LEITE - verificar deficiência protéica, riboflavina, vitamina A, vitamina D e cálcio. Seja cuidadoso com a introdução de leite de vaca na infância.
  • OVOS - verificar deficiência de ferro. A albumina dos ovos é usada em marshmallows, alimentos congelados e outras misturas para alimentos. A gema é normalmente bem tolerada.
  • TRIGO, AVEIA, CEVADA, CENTEIO - o glúten presente nesses alimentos pode causar alergia a crianças portadoras de doença celíaca.
  • PEIXE - o peixe estragado apresenta altos teores de histamina, mesmo antes que haja alteração do sabor.
  • FRUTOS DO MAR (caranguejo, lagosta, camarão): podem desencadear reações severas.
  • TOMATES - uma reação alérgica a tomates está normalmente associada à frequência de uso na dieta.
  • FRUTAS CÍTRICAS - pessoas alérgicas à frutas cítricas podem facilmente apresentar carência de vitamina C. Nesse caso é necessário uma fonte suplementar dessa vitamina.
  • COCA-COLA, CHOCOLATE: a sensibilidade a estes alérgenos é facilmente identificada.
  • LEGUMINOSAS (soja, ervilha, feijões). Verificar no rótulo a presença de lecitina e de outros aditivos da soja, também alergênicos.
  • MILHO - outras fontes de milho são o amido de milho (maizena, cereais como corn-flakes), calda de milho (Karo), óleo de milho, iogurte congelado, farinhas.
  • CASTANHAS, AMENDOIM - convém evitá-los. As aflatoxinas podem causar reação.
  • TEMPEROS - canela é um alérgeno comum.
  • ADITIVOS ALIMENTARES E CERTOS MEDICAMENTOS - corantes, conservantes, etc , bem como certas drogas contendo aspirina, salicilatos, penicilina. Sulfitos, aditivos muito comuns utilizados em picles, cervejas, vinhos, coca-cola, frutas e vegetais secos, cerejas ao marasquino, batatas secas ou congeladas também podem provocar reações alérgicas.
  • FERMENTO NATURAL - Adotar uma dieta pobre em leite e laticínios, cogumelos, queijos, cremes fermentados, bacon, geléia, temperos e salsichas (e linguiças).
Recomendações dietéticas e nutricionais
  • Excluir ou evitar o alérgeno em questão. Se o agente causador da alergia não for conhecido, aconselha-se usar uma dieta de eliminação para identificá-lo.
  • Ficar atento ao início da reação, que pode ser imediato ou retardado. Se a reação for retardada, ela pode levar até cinco dias para se manifestar. Uma resposta imediata é mais frequente com alimentos crus. A história do paciente pode incluir diarréia, urticária, eczema, rinite e asma. O cozimento pode reduzir o potencial alergênico de alguns alimentos, mas não é nenhuma garantia.
  • Para a dieta de eliminação use uma base hipoalaergênica ao qual os outros alimentos possam ser associados como "teste". Alimentos que raramente causam uma reação alérgica são: maçãs, alcachofras, cenouras, gelatina, carneiro, alface, pêssegos, pêras e arroz.
  • Leia atentamente o rótulo dos alimentos e verifique todo o cardápio servido aos pacientes. Acompanhe a preparação dos alimentos para excluir a possibilidade de contato com o alérgeno.
  • Garanta os nutrientes necessários à idade do paciente.
  • Os alérgenos mais comuns na infância são: leite, ovos, trigo, frutas cítricas, chocolate e peixe. Para crianças, o leite de vaca, ovos, leguminosas, trigo, castanhas e peixe são frequentemente um problema.
  • Para os bebês, o ideal é somente o leite materno, este é geralmente não alergênico. Algumas vezes a mãe também tem que excluir o leite de vaca, ovos, peixe, amendoins e nozes de sua dieta.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Campanha - Alergia ao leite de vaca.

Recebi um e-mail falando de uma campanha super bacana com informações sobre alergia ao leite de vaca. Gente, isso é muito comum, além de intolerância a lactose, a alergia à proteína do leite.

 "Dia 7/5 é Dia da Prevenção da alergia e uma das mais comuns entre os bebês é a alergia ao leite de vaca: 1 em cada 20 bebês tem alergia ao leite. Os sintomas podem ser vômitos, cólicas, diarréias, erupção cutânea, eczema, prisão de ventre, urticária (placas avermelhadas na pele), chiado no peito, coriza, coceira no nariz e olhos. Como esses sintomas são comuns há várias doenças, pode ser que o pediatra tenha dificuldade em fechar o diagnóstico rapidamente.
E quanto mais demora o diagnóstico, mais prejudicial é para a criança. A alergia ao leite de vaca pode levar a baixo ganho de peso, de altura e desnutrição, que por sua vez pode prejudicar o desenvolvimento neuromotor.
O tratamento existe e é baseado em dieta com exclusão total do leite de vaca e derivados. Como o leite que as mães ingerem passa pelo leite materno, a mãe deve continuar amamentando e fazer dieta sem leite de vaca e derivados. Porém, quando a mãe não tem mais leite materno e seu bebê já consome fórmulas à base de leite de vaca ou leite de vaca in natura, o bebê deve parar de consumir o leite e trocar por dietas especiais hipoalergênicas.
As dietas hipoalergênicas mais recomendadas são as extensamente hidrolisadas (eficazes em 90% dos bebês) e as de aminoácidos (eficazes em 100% dos casos). A soja ainda é muito utilizada, porém tem alto risco de falha e não tem sido recomendada pelas sociedades médicas para os bebês muito pequenos.
Uma confusão muito comum é achar que alergia ao leite e intolerância à lactose são a mesma coisas: mas não são, e o seu diagnóstico, tratamento e evolução são diferentes.
Para ajudar as mães a entender sobre essa alergia, foi criado o site www.alergiaaoleitedevaca.com.br, que traz conteúdo sobre a alergia ao leite e também possibilita a troca de informações com outras mães.


Ana Flávia Lacchia
Ketchum Estratégia - Brasil / Ketchum Digital
Fone: (55 11) 5090-8912 (direct line)
www.ketchum.com.br"

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Bom Humor na Gestação

Por Patricia Davidson

A gestação é um momento especial na vida de qualquer mulher, mas pode reservar dias complicados em que o enjôo, a azia, a tonteira ou simplesmente a pressão no trabalho se traduzem em um sentimento: o mau-humor! A boa notícia é que uma alimentação balanceada e mais direcionada para alguns alimentos ajudam a diminuir o estresse. Vamos conhecer os alimentos que podem beneficiar as futuras mamães!


BANANA - Essa fruta tão corriqueira do nosso dia a dia traz uma reserva enorme de vitaminas e minerais essenciais para o dia ficar colorido! Contém vitamina B6 altamente necessária na produção de neurotransmissores do bom humor, magnésio que ajuda a diminuir a ansiedade e triptofano que é precursor da serotonina, o neurotransmissor do bom humor!

GRÃO-DE-BICO/LENTILHA - Essas leguminosas também têm triptofano, que ajuda na produção da famosa serotonina. Possuem ainda magnésio e cálcio, minerais que quando ingeridos juntos promovem uma ótima sensação de relaxamento.

FOLHAS VERDES como a couve, rúcula e o agrião - São riquíssimas em magnésio e ácido fólico. Por aí já vemos o poder que tem aquele suco verde com essas folhas que muita gente torce o nariz e que pode deixar o dia muito mais tranquilo.

TOFU - Feito à base de soja, é uma boa pedida porque contém o dobro de proteínas do feijão e 45% menos calorias que o queijo minas! Além disso, contém nosso queridinho magnésio e um pouco de ferro, tão necessário na gravidez porque é uma fase que a anemia está mais presente.

GÉRMEM DE TRIGO - Contém vitamina B1 e inositol, substância importante para que a serotonina faça seu trabalho corretamente. Além disso, possui vitamina B5 que já é conhecida como anti-estresse. Não precisa de mais nada, inclua o gérmen na sua alimentação!

ABACATE - Essa fruta que até pouco tempo era deixada de lado por ser muito gordurosa volta com status de super frutas e pode ajudar e muito na manutenção do bom-humor. Isso porque é rico em ácido fólico, vitamina B3 e potássio. Quer mais, ela ainda contém ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6. Esse conjunto é perfeito para aquele lanche da tarde em que a ansiedade está mil e é o mau-humor aparece com mais força.

PEIXES RICOS EM ÔMEGA 3 como o atum, sardinha, salmão e arenque - Algumas evidências já demonstram que seu baixo consumo leve a alterações no humor.

CEREAIS INTEGRAIS - Eles também devem estar mais vezes no prato em comparação a versão refinada, pois durante o processo de refinamento, todas as vitaminas e minerais importantes como o magnésio, zinco e cromo são perdidos.

domingo, 18 de abril de 2010

A escola que não alimenta direito

Mães querem que a qualidade do cardápio seja parte do programa educacional
 
Por Francine Lima
No meu tempo de primário (hoje ensino fundamental), eu tinha uma lancheira cor-de-rosa. Se bem me lembro, era da Moranguinho, aquela personagem cabeçuda que na versão boneca tinha cheiro de fruta. Minha lancheira de plástico levava com freqüência uma garrafinha térmica com chá mate frio, feito em casa, e opções variadas de lanche caseiro. Parte dos meus colegas preferia comprar o lanche na cantina da escola. Havia entre eles fãs de uma bebida açucarada a base de soja com sabores variados, que eu levei anos para experimentar. Eu me lembro que a fila formada na frente do balcão era, na maioria, de crianças famintas pedindo salgados de presunto e queijo, esfiha de carne, misto quente, cheesebúrguer e refrigerantes. Pra mim era um pouco esquisito comer esse tipo de coisa todo dia, já que eu estava acostumada às comidinhas trazidas de casa. É verdade que quem levava dinheiro e tinha liberdade pra comprar o que quisesse carregava um certo status de independência e poder, em comparação com as crianças que levavam lancheira. Mas, na ausência de opções mais saudáveis na lanchonete, eu preferia pagar mico com a Moranguinho.

Os tempos mudaram, a obesidade cresceu e a preocupação com a alimentação saudável desde o primeiro dia de vida das pessoas ganhou dimensões maiores. O cardápio tradicional das cantinas escolares, já faz alguns anos, tem sido alvo de críticas e até proibições, ao mesmo tempo em que os programas educacionais têm incorporado atividades com a finalidade de ensinar às crianças o que vale a pena comer. Mas ainda não deu para relaxar. Uma amiga me contou que a escola do filho dela proíbe os pais de colocarem suco natural (feito em casa) na lancheira das crianças. Principalmente suco de laranja. O motivo alegado pela escola é que, com muita frequência, acontece de a fruta apodrecer antes da hora do recreio e a criança ter uma diarreia por tomar suco estragado. Na intenção de evitar surtos diários de diarréia, a escola preferiu proibir os sucos caseiros e sugerir que as mães mandem suco de caixinha mesmo. Faz sentido. Mas minha amiga estava se descabelando atrás de um suco industrializado que valesse a pena. Ela me disse que só encontrava porcarias no supermermercado, e que comida saudável parecia cada vez mais cara.
Entre a diarreia e os industrializados-porcaria, o que fazer?

Fui investigar e descobri que, na intenção de resolver parte do problema de falta de qualidade no lanche das crianças, há escolas criando problemas novos. Há colégios que impõem o que os alunos podem e o que não podem levar na lancheira. E as mães têm de obedecer, mesmo quando não concordam. É o caso da minha amiga, que acha um absurdo ser obrigada a dar suco de caixinha pro filho dela. Outras instituições estão optando por proibir toda e qualquer lancheira e oferecer seu próprio lanche. Normalmente, o cardápio é publicado previamente no site da escola, mas isso não quer dizer que os pais podem alterá-lo.

Pizza, cachorro-quente, biscoito doce, bolo, doce de leite, goiabada. De vez em quando, tudo bem. Toda criança merece um agrado. Mas tudo isso na mesma semana, como costume, pode ser a ruína do projeto de uma mãe que pretende que seu filho aprenda desde cedo a se alimentar corretamente. É açúcar demais. É incentivo demais ao paladar doce, ao tipo de prazer que deveria ser restrito a ocasiões especiais. Como se defender dos cardápios ruins impostos pelas escolas e como transformá-las em aliadas da educação alimentar?

Conversei com a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, que atende crianças em seu consultório no Rio de Janeiro e promove cursos sobre como melhorar a alimentação infantil. Boa parte de seus pacientes são crianças com algum tipo de alergia alimentar, que não podem comer tudo que está no cardápio escolar. Nesses casos, ela consegue intervir na alimentação do paciente, comunicando-se por escrito diretamente com a coordenação do colégio. Mas, quando a preocupação da mãe são os teores de açúcares e gorduras nos lanchinhos, e não alergias, não adianta simplesmente pedir que a escola abra uma exceção. Segundo Patricia, que também é mãe, o cuidado da instituição de ensino com a alimentação dos alunos também depende da cobrança dos pais. “A primeira providência a tomar é conversar com outros pais de alunos e com a escola. Pergunte se a escola tem uma nutricionista e, se tiver, converse sobre as mudanças que parecem necessárias”, diz Patricia.

Num fórum sobre o assunto que encontrei na internet, uma mãe dizia que o cardápio foi um dos motivos pelos quais decidiu mudar a escola do filho. Se essa atitude parece um tanto radical, vale pensar que, se a escola está oferecendo alimentação, esta deve estar de acordo com os valores que a escola está procurando transmitir aos seus alunos. Melhor que trocar de escola seria, então, ressalta Patricia, incluir os programas de alimentação entre os critérios que os pais consideram na hora de escolher a escolha dos filhos.

Já para o caso dos pais que têm liberdade para rechear a lancheira da criança com o que quiserem, Patrícia avisa que existem lanchinhos bacanas, inclusive industrializados, que agradam às crianças e alimentam bem. Pode ser difícil e um pouco demorado (porque exige ler os rótulos com calma), mas com uma boa dose de atenção é possível encontrar sucos de caixinha sem adição de açúcar, sem edulcorantes artificiais e sem conservantes; bebidas a base de soja com pouco açúcar; alimentos com prazo de validade curto (portanto, sem excesso de conservantes); barras de cereais sem chocolate e com até três gramas de fibra (menos de um grama não vale a pena); biscoitos integrais. Ela também sugere preparar em casa quitutes gostosos e mais saudáveis do que os tradicionais, como bolos com fibras (com frutas secas e sementes trituradas de linhaça, por exemplo) e sanduíches com pastas criativas. Frutas inteiras e que não precisem de refrigeração, como maçã e mexerica, também continuam sendo bem-vindas na lancheira. Patricia diz que variedade é importante, porque ninguém gosta de comer a mesma coisa todo dia. E que dá pra variar bastante com comidinhas saudáveis, sem precisar apelar para os excessos.

Outra dica é investir numa lancheira térmica, que conserve melhor os alimentos e evite que a criança coma comida estragada. Se ela quiser uma lancheira com a cara de algum personagem querido contendo guloseimas engordativas que venham com algum brinde, é sua vez de argumentar dentro de casa em favor do que vale mais a pena. Afinal, mesmo com o crescente papel da escola, a educação ainda começa em casa.
 
 

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O plástico das mamadeiras é seguro?

Notícias sobre os riscos do bisfenol A, uma substância química que dá maleabilidade a alguns produtos de plástico, como a mamadeira, não param de ser divulgadas ao redor do mundo. Vários estudos mostram que ele poderia provocar câncer, influenciar na má formação dos órgãos masculinos do feto e ser um dos responsáveis pela puberdade precoce em meninas (o componente imitaria o hormônio feminino estrogênio), e até ser uma das causas da hiperatividade. As pesquisas indicam que o risco seria maior em crianças, porque elas são mais frágeis a esses malefícios. Por isso o bisfenol A foi banido no Canadá, na França, Dinamarca e na Costa Rica.

Nos Estados Unidos o material é proibido apenas nos estados de Chicago e Minnesota, mas a tendência e que o veto se estenda por outros estados. Na última semana a Agência de Proteção Ambiental americana classificou o bisfenol A como preocupante. Isso esquentou a discussão no país, mas ainda não foi suficiente para modificar a legislação e a postura da FDA (agência norte-americana que regula produtos alimentícios e farmacêuticos). Assim como brasileira Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a FDA diz que a quantidade de bisfenol A presente em plásticos (0,6 mg/kg) é segura.

Segundo eles, o componente é completamente eliminado pela urina, sem alcançar a corrente sanguínea. Do outro lado estão os pesquisadores que estudam o impacto dessas substâncias na vida das pessoas. Para eles, não existe nível seguro. Até a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que é contra o uso de mamadeiras, faz ressalvas. “Os pais devem evitar os produtos com essa substância”, diz Paulo Nader, presidente do Departamento de Neonatologia da SBP.

No Brasil, a discussão só acontece entre os cientistas e passa despercebida pela maioria da população. Mas nos Estados Unidos a procura dos consumidores por mamadeiras com plásticos feitos sem bisfenol A é grande. Por isso lojas infantis adotaram a venda de produtos livres da substância como estratégia de marketing. Esse é o caso da Baby “R” Us que anunciou que só comercializa produtos BPA-free. Mas nem todas as lojas seguem essa tendência, as britânicas Mothercare e Boots, por exemplo, continuam vendendo produtos com bisfenol A em suas lojas presentes em vários países.

Falta informação

A engenheira química Sônia Corina Hess, professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, estuda os efeitos nocivos dessa substância há dez anos. No fim de 2008, quando o governo canadense mostrou-se inclinado a proibir a venda de produtos com bisfenol A, ela preparou um parecer técnico reunindo todas as pesquisas que mostravam os riscos à nossa saúde. O documento foi entregue ao Ministério Público, mas não houve discussão.

CRESCER entrou em contato com diversas universidades brasileiras para repercutir as informações. Algumas assessorias de imprensa disseram que não tinham profissionais para falar sobre o tema, outras diziam que os médicos não se sentiam seguros. O médico Paulo Saldiva, chefe do Laboratório de Poluição da USP-SP e um dos maiores especialistas em substâncias nocivas à nossa saúde, tem uma explicação. “Falta no Brasil uma política ambiental que cuide das pessoas. Ela já foi criada no papel, mas não é funcional. Por isso, poucos falam sobre o assunto”, diz.

Não é pelo contato direto com a nossa pele que a substância entra no organismo. Ela é liberada quando o alimento está armazenado em um recipiente feito com bisfenol A. Quando o plástico é aquecido – como no micro-ondas – a liberação é ainda maior. O último estudo publicado, da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), analisou por uma semana o nível de bisfenol A na urina de 77 participantes que tomaram líquidos em garrafas plásticas. O aumento da concentração dessa substância chegou a 69%, considerado um nível alto.

O que você deve fazer

Não pense no quanto você já esquentou a mamadeira, por exemplo, foque no futuro. Substitua o plástico por opções sem bisfenol A (a informação vem na embalagem) ou pelo vidro. Sim, são mais caros, mas valem a pena. Se você não conseguir encontrá-los, já que no Brasil a oferta ainda é modesta, compre plásticos de números 3 ou 5 (a informação vem no fundo da embalagem), que tem menos bisfenol A. Esterilize do jeito você fazia. Depois que a mamadeira esfriar, lave-a em água corrente e seque. Esquente o alimento em outro recipiente e só depois coloque no plástico pois, assim, a transferência de bisfenol A é menor. “Quanto melhor a qualidade do plástico, menor a transferência. Mas mesmo assim não estamos imunes”, diz Saldiva.


Tire suas dúvidas sobre o bisfenol A
Já encontro mamadeiras sem bisfenol A?
Sim, já existem mamadeiras sem bisfenol A, mas dificilmente são encontradas. Grandes empresas do ramo prometem que dentro de 6 meses os pais vão achá-las com mais facilidade. Outra opção é a de vidro.

Quando aquecido, o plástico libera uma quantidade maior de bisfenol A. Devo esterilizar as mamadeiras menos vezes ao dia?
Não é necessário. Basta lavar a mamadeira em água corrente depois de fazer a esterilização.

Quanto tempo o alimento quente pode ficar dentro desse plástico?
No caso dos alimentos, é melhor colocá-los em recipientes de vidro ou então servi-los em pratos de porcelana ou os que não tenham bisfenol A. Se for líquido, não deixe o volume lá dentro por muito tempo - como na hora de preparar a mamadeira da noite com antecedência. Faça a mamadeira e sirva na hora.

E nos berçários: como garantir que eles não aqueçam o líquido dentro da mamadeira?
Infelizmente, não dá mesmo para contar com esse tipo de garantia. Se o bebê não rejeitar o alimento frio, é melhor pedir para servi-lo sem aquecer. Quanto menos calor, e quanto menos tempo o alimento permanecer na mamadeira, melhor.

O plástico do bico da chupeta também é prejudicial?
Não. Esse tipo de plástico é mais duro - e o que daria flexibilidade a ele é o bisfenol A.


Fontes: Anvisa; Fernando Goulart, pesquisador tecnologista em qualidade do Inmetro, no Rio de Janeiro (RJ); Silvana Rubano B. Turci, responsável pela área de vigilância do câncer relacionado ao trabalho e ao ambiente do Inca. 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa para todos



Páscoa chegando e as prateleiras dos supermercados lotadas de ovos, chocolates e bombons super variados. Para as mamães preocupadas, como eu, aqui vai uma dica de ovos de Páscoa sem leite e mais ligths, ideais para crianças com alergia a leite de vaca ou apenas para não prejudicar a saúde dos pequenos:

sexta-feira, 26 de março de 2010

Obesidade Infantil: PREVENÇÃO É O CAMINHO

Particularmente, eu fico chocada em ver coca-cola nas mamadeiras. Eu me pergunto qual o motivo de uma mãe oferecer um copo recheado de açúcar e aditivos para seu filho. Refrigerantes? Nunca...ainda que a partir de uma certa idade seja difícil proibir, mas sempre é possível TENTAR EVITAR E JAMAIS ESTIMULAR.
 
Li essa matéria sobre alimentação infantil no Folha Online:

"Uma das grandes certezas da vida é a de que os pais desejam dar aos filhos tudo do bom e do melhor. Poderiam, então, começar pelo básico: oferecer comida de boa qualidade quando os herdeiros ainda são bebês, algo que não ocorre de acordo com um estudo inédito da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

O documento, que será publicado no "Jornal de Pediatria", mostra que a família brasileira está oferecendo alimentos cheios de gordura, açúcar, sal, corante e outros aditivos alimentares para bebês com quatro meses de idade.

Participaram do estudo 179 crianças, entre quatro e 12 meses, de famílias das classes A, B e C de São Paulo, Curitiba e Recife. O objetivo era saber o que elas comiam durante sete dias. As mães foram orientadas a anotar tudo em uma planilha.

No meio da papelada, apareceram lasanha pré-pronta congelada, macarrão instantâneo, refrigerante, salgadinho tipo batata chips, chocolate, suco artificial e muita bolacha recheada. Os bebês também bebem muito leite de vaca.

Nenhum dos alimentos citados acima deve entrar na alimentação dos bebês de até um ano de idade por terem baixo valor nutricional (engordam, mas não nutrem), serem ricos em gordura (inclusive trans), açúcar e sal. No caso do leite de vaca, por ser inadequado.

Maus hábitos
 
Outra constatação do estudo: os maus hábitos alimentares são generalizados. "Bebês dos três extratos socioeconômicos das cidades pesquisadas comem muito mal", diz Roseli Sarni, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP e uma das autoras.

"A alimentação da criança é reflexo da alimentação da família. Se a família tem hábitos não saudáveis, como o alto consumo de sódio (do macarrão instantâneo), de carboidratos simples (balas, doces) e de gorduras, a criança também terá."

Sarni suspeita que os pais careçam de informações sobre alimentação saudável, tanto para o bebê quanto para a família. "A falta de educação alimentar e nutricional aliada às práticas de marketing faz com que os pais se percam na hora da escolha alimentar."

A pediatra defende a adoção de políticas de educação nutricional e uma rigorosa legislação sobre a produção de alimentos para a mudança do panorama. "

Que absurdo!  Educação Nutricional para nossos filhos:

1) Qualidade nutricional (evite guloseimas, gordura trans, fritas ou doces e refrigerantes);

2) Caso permita, estipule uma quantidade de consumo;

3) Disciplina é fundamental : não permita que a criança fique com o pacote de biscoitos ou outra guloseima nas mãos ou que ela os consuma na frente da televisão ou computador;
 

4) Refeições em família durante a infância e adolescência são fundamentais para os bons hábitos alimentares e maior qualidade de vida na fase adulta;
 

5) Horários e rotina para a alimentação são fundamentais. A criança deve se alimentar em lugar calmo, arejado e limpo. A alimentação feita de forma rápida, com barulho e/ou em frente à televisão favorece que as crianças comam mais que o necessário, dissociando-se o prazer à mesa;

6) Pais devem ser exemplos! Não adianta os pais insistirem que seus filhos comam alimentos saudáveis quando eles mesmos não o fazem durante as refeições;
 

7) A escola também tem o dever de oferecer merendas ou lanches saudáveis, caso contrário prepare uma lancheira saudável;

8) O estímulo à prática de atividades físicas deve ser constante;


9) A reeducação alimentar da família é o caminho mais fácil para a prevenção/combate da obesidade infantil;

10) Os hábitos alimentares devem ser ensinados desde de muito cedo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Grávidas e Mal Alimentadas


Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo apontou que cerca de 80% das adolescentes grávidas se alimentam de maneira inadequada durante a gestação. A pesquisa, feita no Ambulatório de Nutrição do Hospital Maternidade Interlagos, indicou também que apenas 10% conseguem mudar os hábitos alimentares na gravidez.

O levantamento foi feito com 200 adolescentes gestantes, com até 17 anos, atendidas no ambulatório no primeiro trimestre deste ano. Entre os problemas, o principal é a ingestão excessiva de alimentos altamente calóricos e com grande teor de sódio.Os que lideram a lista dos mais consumidos pelas jovens na gestação são os salgadinhos industrializados, bolachas doces recheadas, hambúrguer, macarrão instantâneo, chocolate, sucos de saquinho e batata frita.

Segundo Marta Del Porto Pereira, nutricionista do ambulatório, esses problemas alimentares são prejudiciais tanto para a mãe quanto para o bebê. “Consumir comidas assim durante a gestação provoca alterações sérias nos níveis de glicemia da mãe, além de causar pressão alta. E para o bebê, o sofrimento é inevitável, interferindo até mesmo na sua formação e no ganho de peso”, disse.

De acordo com a nutricionista, é preocupante o fato de não ocorrerem mudanças na alimentação, apesar de toda a orientação que elas recebem durante o pré-natal. “As jovens de uma maneira geral não medem as consequências de que o que elas fazem hoje de errado vai refletir amanhã diretamente no bebê. Mudar esses hábitos e essa visão é uma tarefa muito complicada”, alertou.

A Secretaria da Saúde destaca que durante a gestação é fundamental ter uma alimentação equilibrada e ingerir alimentos saudáveis, como frutas, verduras, legumes e fontes de ferro e ácido fólico, como o feijão. Beber bastante água também é fundamental nesse período.

Para ter uma gestação saudável, é importante evitar alimentos gordurosos como frituras, embutidos, doces em excesso e grande quantidade de carboidratos. Eles elevam os níveis de glicemia do corpo e podem ocasionar pressão alta na mãe.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dieta da mãe influencia positivamente o hábito alimentar da criança

Estudo com população britânica revela que a ingestão alimentar materna durante a gestação exerce mais influência no hábito alimentar da criança quando comparada com o período pós-natal.
Sabe-se que a concentração de glicose sanguínea materna durante a gestação é um fator determinante para o crescimento fetal. Isso porque a secreção aumentada de insulina fetal, liberada em resposta à maior transferência de glicose através da placenta, estimularia o crescimento fetal. Com isso, maiores seriam os níveis de gordura subcutânea.
Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar se existem evidências que relacionem a dieta e a glicemia maternas com o crescimento fetal e sua influência sobre o apetite e a adiposidade da criança.
Segundo os autores, “estudos realizados com animais já mostraram que a exposição fetal a altas concentrações de glicose sanguínea resulta em alterações no apetite dos filhos, mas a nosso ver, este é o primeiro estudo com humanos para examinar as diferenças na dieta materna pré e pós-natal e sua relação com a dieta e adiposidade do filho”.
Foram feitas três tipos de comparações sobre o crescimento e comportamento alimentar dos filhos com os pais: relação da alimentação materno-fetal; mãe-filho e pai-filho; e relação materna pré e pós-natal.
Aproximadamente 3 mil casais participaram do estudo, sendo que somente as mães que tiveram um único bebê foram selecionadas (casos de gêmeos ou trigêmeos foram excluídos).
As mães preencheram um questionário de frequência alimentar (QFA) na 32ª semana de gestação e, após análise dos autores, os alimentos foram separados por grupos (energia total, proteína, gordura e carboidrato). Os pais e mães também preencheram um QFA similar após 47 meses do nascimento do filho.
A dieta das crianças foi analisada quando as mesmas completaram 10 anos de idade, por meio de diários alimentares de três dias, sendo dois dias da semana e um no final de semana. As crianças foram convidadas a comparecer aos 9 e 11 anos de idade para mensuração dos compartimentos corpóreos (massa gorda, massa magra e massa óssea).
A ingestão materna de carboidratos, proteínas e gorduras no pré e pós-natal foi positivamente associada com a ingestão dos mesmos nutrientes pela criança. Ou seja, quanto maior o consumo desses macronutrientes pela mãe, maior a ingestão pela criança e, portanto, maior o crescimento da criança. Entretanto, esta associação foi mais forte no período pré-natal. Baseados nestes resultados, os autores relatam que “as gestantes devem ser encorajadas a adquirir hábitos alimentares saudáveis durante a gestação para beneficiar o desenvolvimento do feto e o hábito alimentar da futura criança”. A comparação da alimentação do pai com a do filho não apresentou os mesmos resultados. Houve forte associação mãe-filho para a ingestão de proteínas e gorduras e uma fraca associação pai-filho em relação ao consumo de carboidratos.
Com relação ao consumo energético total, não houve forte relação entre mãe-filho nem entre pai-filho. Todavia, quanto maior era o consumo energético da criança, maior era a sua massa gorda.
O principal fator influente sobre a massa gorda da criança foi o consumo de gordura e, para a massa magra, o consumo de carboidrato. Uma vez que os nutrientes ingeridos pela mãe tiveram relação direta nos nutrientes escolhidos pelo filho, a alimentação materna se torna um fator diretamente ligado a composição corporal de seus filhos.
“Como as associações de alimentação mãe-filho foram mais fortes no período pré-natal, é possível que isto reflita efeitos intra-uterinos sobre o apetite da criança, já que a glicose, os aminoácidos e os ácidos graxos são transportados através da placenta”, explicam os autores.

sábado, 13 de março de 2010

Limpeza geral sem produto químico. Seu bebê agradece.

Faxina Ecológica

Uma mistura para limpar pisos, azulejos e armários sem produtos químicos.

Os ingredientes:

- 1 litro de água;
- 1 pitada de sal;
- 4 colheres de vinagre branco;
- 4 gotas de limâo;
- 4 colheres de chá (cheias) de bicarbonato de sódio.

Colocar em borrifador, sprayar no locar a se limpo e passar pano.

Uma medida suficiente para limpar uma casa com dois quartos, sala, cozinha e banheiro.

Para limpar o vaso sanitário misture água, o bicarbonato e o sal. Deixe a mistura agir por meia hora.

Eis algumas "dicas" práticas e econômicas, que diminuem a necessidade do uso de produtos químicos.

* Tirar o pó das lâmpadas, pois estando empoeiradas gastam mais energia.
* Utilizar panos, que são laváveis e reutilizáveis, ao invés de toalhas de
papel na copa ou cozinha.
* Limpar os tapetes com a vassoura ecológica, feita de garrafas pet.
* Limpar vidros, azulejos, vasos sanitários e espelhos, usando vinagre
branco e água na mesma proporção.
* Limpar pias, bidês e vasos sanitários em banheiros com bicarbonato de
sódio, substituindo o cloro na remoção de limo. Basta deixá-lo agir por uma
hora e depois retirar o limo com uma mistura de suco de limão e sal.
* Desinfetar ambientes, resgatando o hábito do uso da água quente combinada
com sabão.
* Purificar o ar, usando uma mistura de ervas com suco de limão ou vinagre.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Os grandes vilões: Sal, açúcar e aditivos

Sal e açúcar devem ser evitados, pelo menos até os 2 anos. A quantidade necessária para o organismo do bebê é muito pequena e já existe naturalmente nos alimentos. O ideal é que a criança se acostume com o sabor natural dos alimentos. O excesso de sal ou açúcar pode prejudicar o paladar. Um erro comum entre as mamães é oferecer ao filho mamadeiras açucaradas. Mais tarde, a criança vai ter a necessidade de consumir alimentos muito doces.

O açúcar extra na dieta do bebê pode causar obesidade, cáries, resistência à insulina e problemas de comportamento, como a hiperatividade. No caso do sal, o excesso pode dificultar o funcionamentos dos rins, apatia, sede e choro. Além disso, comida salgada gera hábito e pode contribuir para doenças futuras, como hipertensão.

Todos os alimentos industrializados que contêm aditivos, em especial o corante, devem ser PROIBIDOS. Esta substância é causadora de alergias e intolerâncias, já que o organismo do bebê pode não estar preparado para receber algo tão artificial .

Conheça o que vc oferece para seu bebê! Procure saber o que são  EDULCORANTES, EMULSIFICANTES, FLAVORIZANTES, etc.
Danoninho? NÃO !!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Estudo diz que tendência à obesidade costuma ser definida antes dos 2 anos

"Segundo pesquisa americana, dieta inadequada e a introdução de alimentos sólidos cedo demais podem contribuir para ganho de peso.

Uma pesquisa americana indica que a tendência à obesidade é definida antes dos dois anos de idade

O estudo com mais de cem crianças e adolescentes obesos, publicado na revista médica Clinical Pediatrics, descobriu que mais da metade deles já estava acima do peso antes dos dois anos. Antes dos cinco anos, 90% deles já demonstravam sinais de obesidade.

Um quarto deles já estava acima do peso aos cinco meses de idade.Apesar de as razões para o ganho de peso excessivo na infância e adolescência ainda não serem conhecidas, os pesquisadores dizem que alguns fatores que contribuem para isso são uma dieta inadequada, a introdução de alimentos a bebês muito cedo e a falta de exercício.

Hábitos alimentares

Os cientistas também dizem que as preferências alimentares já podem estar definidas entes dos dois anos de idade e que pode ser difícil modificar os hábitos das crianças mais tarde.

Segundo o coordenador do estudo, John Harrington, da Eastern Virginia Medical School, os resultados devem chamar a atenção dos médicos.

"Frequentemente, os médicos esperam que haja complicações médicas antes de começar o tratamento", diz ele.

"Fazer com que pais e crianças mudem hábitos arraigados é um desafio monumental, repleto de decepções. O estudo indica que pode ser necessário discutir ganho de peso inapropriado no início da infância para que haja uma redução significativa na atual tendência de obesidade."

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1489479-5603,00.html

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Calendário de frutas e verduras on line

 

Nas minhas idas ao mercado, sempre ficava uma dúvida: quais as melhores frutas e verduras para comprar nesta estação? Com a tecnologia atual e uso de químicos tóxicos podemos encontrar a maioria das frutas (verduras e legumes) o ano todo. Então, como podemos escolher o que é melhor para nós?

Não sei se você costuma procurar informações sobre as frutas, as verduras e os legumes da estação, é um trabalhinho a mais, mas vale a pena. Primeiro porque a produção dos alimentos da safra é maior, logo o preço é menor e vc encontra várias opções frescas.

O link abaixo traz um calendário de frutas e verduras, bom para o bolso e para a saúde.
http://www.proteste.org.br/alimentos/calendeaacute-rio-de-frutas-e-hortalieccedil-as-em-on-line-em-s498611.htm

Alimentos orgânicos para as crianças



Como citei no post anterior, sempre procuro incluir orgânicos da alimentação da minha filhota. O Alimento orgânico é o resultado de um sistema de produção agrícola que busca o equilíbrio entre todos os recursos naturais envolvidos, o que chamamos de Agroecologia, uma agricultura socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável.

Definimos agricultura orgânica como sistema de manejo sustentável da unidade de produção, com enfoque holístico que privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem, visando a sustentabilidade social, ambiental e econômica no tempo e no espaço. Baseia-se na conservação dos recursos naturais e não utiliza fertilizantes de alta solubilidade, agrotóxicos, antibióticos, aditivos químico-sintéticos, hormônios, organismos transgênicos e radiações ionizantes (Neves et al.,2004). 

Uma alimentação natural é resultado de um conjunto de atitudes. Isto engloba escolher alimentos orgânicos, produzidos sem agrotóxicos; aproveitar os alimentos disponíveis na região; evitar, o máximo possível, conservantes e outros produtos artificiais, entre outras coisas. O uso de alimentos orgânicos, livres de venenos, é uma opção sadia e inteligente, pois preserva o meio ambiente e fortalece a agricultura familiar, além de se tratar de um alimento mais saboroso.

Há evidências de que, pelo menos para alguns produtos, o cultivo orgânico resulta em melhor sabor do que o equivalente convencional. Um relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimento) concluiu que maçãs do tipo "Golden Delicious" cultivadas organicamente são mais firmes e receberam melhores notas para sabor de um painel de análise sensorial do que maçãs cultivadas convencionalmente. Esse relatório também destaca outros estudos onde foi possível mostrar que os tomates orgânicos são mais adocicados e que cenouras orgânicas têm melhor sabor. Além disso, demonstra que os produtos orgânicos apresentam maiores níveis de antioxidantes o que, entretanto, pode resultar em um sabor "amargo" mais acentuado, especialmente nos vegetais folhosos. O relatório "Food safety and quality as affected by organic farming" pode ser consultado no site da FAO (http://www.fao.org/docrep/meeting/X4983e.htm#d). (Embrapa)

Uma revisão dos resultados de pesquisa disponíveis, comparando o valor nutricional de produtos orgânicos e convencionais, envolvendo 41 estudos com 1.240 comparações de 35 vitaminas e minerais, foi feita na Universidade Johns Hopkins, Baltimore, EUA e mostrou que os alimentos orgânicos apresentam mais minerais e vitaminas e menos nitrato. As maiores diferenças entre os vegetais testados foram para os teores de magnésio, de vitamina C e de ferro (29, 27 e 21% mais altos nos produtos orgânicos, respectivamente). Além disso, os produtos orgânicos sempre apresentaram menor nível de nitratos (em média 15 % menor) e menos metais pesados do que os produtos cultivados convencionalmente. Estudos feitos no Sistema Integrado de Produção Agroecológica, conhecido como "Fazendinha Agroecológica Km 47" também mostram menor acumulação de nitratos em alface e couve produzidos organicamente, quando comparados aos produzidos com adubo mineral (Embrapa).

O site http://www.planetaorganico.com.br/ tem um conteúdo permanentemente atualizado e oferece um leque variado de serviços, desde a pesquisa até o comércio, passando por produção, certificação, consultoria, eventos e gastronomia.

ORGÂNICOS NA CABEÇA !!

NEVES, M. C. P.; ALMEIDA, D. L.de; DE-POLLI, H.; GUERRA, J. G. M.; RIBEIRO, R. de L. D. Agricultura orgânica - uma estratégia para o desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis. Seropédica: EDUR, 2004. 98 p.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

6 meses: Alimentação saudável desde já !!

Quando incentivamos hábitos saudáveis nos primeiros anos de vida, estamos promovendo educação e não uma reeducação. Cabe aos pais elaborar um cardápio rico em nutrientes com alimentos saudáveis e refeições em horas certas e sem exageros. É importante iniciar a formação de hábitos alimentares assim que as crianças são apresentadas aos alimentos.

Primeiramente, devemos ter a consciência que o bebê precisa ser ensinado a comer, por isso: PACIÊNCIA.
O primeiro passo é iniciar apenas com um legume cozido no vapor ou com pouca água. Este legume inicialmente é cozido sem temperos e quando falo nisso, refiro-me especialmente ao sal. Depois de cozido, o legume deve ser amassado com garfo e adicionado uma colher de chá de óleo vegetal de boa qualidade, como o Azeite de oliva extra-virgem . O objetivo de começar com 1 legume é para observar eventuais alergias, intolerâncias e as preferências do bebê. Quando o bebê já conhecer o legume e não tiver tido nenhum problema relacionado, pode incluir outro legume junto, de preferência de outra cor, podendo misturar até 3 legumes variados e coloridos.

Após isto, introduza as frutas. A fruta não é a primeira a ser introduzida na alimentação do bebê porque, devido ao seu sabor doce, pode fazer com que a criança tenha mais dificuldade para aceitar os demais alimentos. Evite frutas cítricas e frutas com grande quantidade de agrotóxicos, como morangos.
Aos 7 meses, acrescente gradativamente as carnes, arroz e feijão. Após 1 ano, a clara de ovo e peixes para evitar possíveis alergias.

É importante lembrar que durante todo este processo o Aleitamento Materno deve ser mantido até 2 anos e não use LEITES ARTIFICIAIS, no próximo post vou comentar sobre isso, então seja, além de mãe, uma AMIGA DO PEITO.

Agora, algumas boas dicas para nossos pequenos:
- Alimentos saudáveis como frutas e verduras devem estar sempre disponíveis nas refeições e se puder, inclua frutas e verduras orgânicas;
- Estimule a mastigação, nunca liquidifique nada, comece com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumente a consistência até chegar à alimentação da família;
- Sempre que possível introduza o azeite na alimentação das crianças, pois é um alimento funcional com alto teor de gordura monoinsaturada o que aumenta o colesterol bom;
- Não use sal e açúcar até os 2 anos, ou melhor, sempre evite esses "venenos";
- Não ofereça refrigerantes ou sucos artificais, e sim água, água de coco e sucos de frutas naturais;
- Evite alimentos industrializados, enlatados, condimentos, conservantes, etc...Use e abuse de alimentos oriundos da natureza;
- Evite alimentos alergênicos, como leite e derivados, peixes, clara de ovo e glúten (presentes nas farinhas de trigo, cevada, centeio e aveia);
-Use a criatividade ao preparar os pratos, abuse dos legumes, para ter um prato colorido e das formas dos lanches para atrair a atenção;
- Siga uma ordem de horário para as refeições e os lanches intermediários;
- Lembre-se: a criança só come o que seus pais compram. Não adianta proibir salgadinhos e refrigerantes se a dispensa está cheia deles;
- Nós somos os exemplos...Portanto, reveja seus hábitos e mude.

Experiência pessoal:
 
Aqui em casa, a Gabriela completou 6 meses esse mês.  Ao iniciar a alimentação complementar evitei os mais alergênicos (glúten, fruta cítrica, leite e derivados, clara de ovo , oleaginosas e peixes). Coloco na comida sempre 1 colher de café de óleo de coco (Thera herb) ou azeite de oliva extra virgem (intercalo ambos); tento, ao máximo, só incluir frutas e verduras orgânicas. Quando isso não é possível, pelo menos, escolho as da estação. Não liquidifico nada, amasso com garfo ou  passo no mix, tento variar as frutas e os legumes o máximo possível (não deixando eles se repetirem em dias seguidos) para reduzir as chances de alergia alimentar; aos 7 meses vou começar a colocar carnes e só rã, músculo e frango caipira (acho o frango comum um pecado dar para bebês tamanha contaminação com hormônios). 

Bom, acho que se vocês preferirem uma dieta personalizada o ideal é passar por um nutricionista funcional que atenda bebês.


Beijos e Boa Sorte!!!!!